sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

DESCARTES, O PAI DA FILOSOFIA MODERNA

René Descartes [1596-1650], francês,  é considerado o pai da filosofia moderna.
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Descartes tinha como projeto filosófico criar uma Ciência confiável e afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza.

Descartes inicia sua obra filosófica fazendo um balanço de tudo o que sabia, ao final, conclui que tudo quanto aprendera tudo quanto sabia e tudo quanto conhecera pela experiência era duvidoso e incerto e acaba não aceitando nenhum dos conhecimentos aprendidos, a menos que pudesse provar racionalmente que eram certos e dignos de confiança. Enfim, submete todos os conhecimentos existentes em sua época e os seus próprios a um exame crítico que ficou conhecido como: Duvida metódica


Tendo como pressuposto o critério de que uma ideia só poderia ser verdadeira se fosse clara e evidente, Descartes realiza a dúvida metódica (hiperbólica) para chegar a primeira verdade absoluta. Para que, a partir dessa verdade absoluta, possa criar uma ciência verdadeira.

Para pensar corretamente, é preciso antes abolir todos os privilégios e toda a autoridade dos mestres; é preciso colocar em cheque todos os pressupostos, todas as filiações, todos os medos, e valer-se apenas daquilo que é comum à humanidade inteira: a razão. O dom de distinguir o falso do verdadeiro existe em todos os homens, argumenta Descartes - o problema é que a maioria deles contenta-se com verdades parciais ou incompletas, que foram herdadas.

Pode-se dizer que para Descartes, a dúvida é o começo da busca do conhecimento verdadeiro

DESCARTES NÃO QUERIA APENAS DUVIDAR DE TUDO POR DUVIDAR, APENAS, QUERIA POR A PROVA A VERACIDADE DO CONHECIMENTO TRADICIONAL.

O primeiro alvo da dúvida cartesiana são nossas certezas mais imediatas - aquelas fornecidas pelos sentidos. O filosofo foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais. E prosseguiu assim, cada vez mais colocando em dúvida a existência de tudo aquilo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos.

Como resultado da aplicação da dúvida, pôs-se em causa toda a dimensão dos objetos, quer sensíveis quer inteligíveis. Foi tudo posto em causa, ou seja, reina o cepticismo: tudo é falso, nada é verdadeiro, isto é, nada resiste à dúvida. Contudo, quando a dúvida atinge o seu ponto máximo, uma verdade indubitável vai impor-se. SE EU DUVIDO EU PENSO SE EU PENSO, LOGO EXISTO.

→ A dúvida é um ato do pensamento que só é possível se existir um sujeito que o realize. A condição de possibilidade do ato de duvidar é a existência do sujeito que pensa, ou seja, duvidar é um ato que tem de ser exercido por alguém. Logo, a existência do sujeito que duvida é uma verdade indubitável: “Penso, logo existo.”, ou seja, eu duvido de tudo, mas não posso duvidar da minha existência como sujeito que, neste momento, duvida de tudo. “Duvido, logo existo.”
Chegou a duvidar da própria existência. Finalmente, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvidas era a seguinte: mesmo quando coloco tudo em dúvida, meus pensamentos existem. Disso decorre a célebre conclusão de Descartes. Penso, logo existo. Essa é a sua primeira verdade absoluta.
Em outras palavras, Descartes conclui que, por mais que o ser humano duvide de tudo, ele estará pensando enquanto duvida.

A SEPARAÇÃO ENTRE A RES COGITAN E A RES EXTENSA, O PENSAMENTO E O CORPO.
É preciso esclarecer que o Descartes era um filósofo que acreditava muito no poder da razão humana. Ou seja, Descartes, foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano.

Assim, o ser humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é algo mais certo do que a própria matéria corporal. Descartes concluiu assim que aquilo que pensa (o sujeito) é alguma coisa diferente daquilo que é pensado (o objeto).
Res Cogitan é a manifestação do espírito, o raciocínio lógico do Sujeito Cognoscente.
Res extensa, é o corpo e o mundo exterior.

Da sua obra-Discurso do método, podemos destacar quatro regras básicas, capazes de conduzir espírito na busca de verdade:

1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido.
Com o seu método da dúvida crítica, Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido.

TIPOS DE IDEIAS
→ A idéia de alma e de Deus são idéias inatas – estão na mente desde o nascimento e serão desenvolvidas pela razão sem o apoio da experiência. Só as idéias inatas são claras e distintas.
→ As idéias adventícias (idéia de Sol ou maçã) são idéias que procedem da experiência.
→ As idéias factícias são idéias forjadas pelo sujeito como é o caso da idéias de sereia ou unicórnio
POR QUE DESCARTES É CONSIDERADO O PAI DA FILOSOFIA MODERNA


Por que a sua forma de filosofar é inovadora e prioriza a razão humana, ao contrário da Medieval, escolástica que coloca, em Deus e a Religião, o centro das questões humanas.

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